domingo, 29 de maio de 2011

Revolução Francesa


       Fui teu Rei
       E no meu reinado
Ordenei a todos vassalos
Colherem aos montes
As flores que lhe entreguei

Ordenei aos criados
Que preparassem seus banhos
Nos mais lindos lagos
Que enquanto colhia impostos
Eu então encontrei.

E para alegrar os tristes Domingos
Reunia você e os meninos
E íamos rindo
Ver  os sarais e festanças
E nas nossas andanças
Esqueciamos do povo a sofrer 

Pois então minha rainha da França
Que todas nossas a festanças
Tirou do povo a esperança
E sem esperança todo mundo cansa
Esquecemos do povo a sofrer

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Ator Recusado



Pedi no teatro da vida o papel de seu namorado
Estudaram muito meu caso e ele foi me negado
Podia ser  amigo, corretor de seguros, chofer
Cardiologista , massagista, vizinho ou advogado
Mas namorado não haveria de ser.

Então fugi da peça da vida
E recito a outras belas meninas
Os texto que lhe diria se eu fosse seu.
E decorei com amor as palavras
Que no seu ouvido soariam tão bem
E no espelho ensaiei olhares
Que amoleceriam os teus

E sei que quando aceno ao longe
Você não sabe ao certo porquê
Mas no seu coração surge um aperto
e brota um ramo do meu bem querer.

domingo, 8 de maio de 2011

finda o dia



O sol se pondo avermelhado, alaranjado e o céu escurecendo azul
A Sua mão não esta aqui mas meu coração a sente
Contente  sei que  minha ilusão tem no instante o seu abraço.
Mas o pôr do sol é o último calor e o mais confortável
É quando a luz se esvai  se multiplicando  em cores
Dando  certeza que voltará um novo brilho depois da noite.

E onde quer que você esteja o sol também se despede de ti
Todas suas ilusões por um momento se calam
Pois sabem que no fundo queres  mesmo é estar aqui.
E na noite escura, suas suplicas irão ser por mim.

O pôr do sol acaba com o nascer das estrelas.
Gigantes Sóis ao longe , centenas
Mas você sabe que apenas o sol te aquece
E que só meu abraço a contenta.

Poema ao Domingo



Antes eu fugia de ti Domingo
Agora te espero como um anfitrião educado
Que não sabe em que horas dizer “se vá”

Sei que trazes consigo lembranças
Sei disso mesmo antes de eu possuir as minhas
Sei disso desde que ouvia as rememorações da avó,
Das vizinhas, das tias.

Também não me assusta seu eterno discurso sobre finitude
Que toda vida acaba e que toda mão se une  ao terço
Que o fim aguarda até  mesmo
quem  agora descansa no berço.

O que me desconforta Domingo é teu silêncio, tua passividade
Porque quase tudo o que sei é brigar com leões,
Nasci com esse destino e tu vens deles me apartar
Me solta maldito Domingo que eu quero lutar ...

A Palavra a ser relembrada



Não queria ouvir de você  palavras comuns
 que poderão ser ditas a tantos outros depois.
 Não aceito “eu te amo” porque é desgastada.
 Não aceito também “você está sempre ao meu lado”
 Porque não há outro lugar para eu estar.
Quero que você procure no dicionário
uma antiga palavra que já caiu em desuso.
Quero uma  expressão arcaica ou moderna
 que me de a certeza de só caber em mim.

 Não quero rótulos. Meu único rótulo é ser teu.
Tão pouco quero lugares óbvios como “ seus olhos encontraram os meus”
porque a única coisa a ser encontrada nesse mundo deserto e sombrio
 são os seus olhos úmidos de sentimento.